segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

*** Momento de Reflexão ***

*** As boazinhas que me perdoem...

Descreva aí uma mulher boazinha. Voz fina, roupas pastéis, calçados rentes ao chão. Aceita encomendas de doces, contribui para a igreja, cuida dos sobrinhos nos finais de semana. Disponível, previsível, nunca foi vista negando um favor. Nunca colocou os pés num show de rock. É queridinha. Pequeninha. Educadinha. Enfim, uma mulher boazinha.

Fomos boazinhas por séculos. Engolíamos tudo e fingíamos não ver nada, ceguinhas. Vivíamos no nosso mundinho, rodeadas de panelinhas e nenezinhos. Tudo certinho. Passamos um tempão assim, comportadinhas, enquanto íamos alimentando um desejo incontrolável de virar a mesa. Quietinhas, mas inquietas.

Até que chegou o dia em que deixamos de ser as coitadinhas.

Ninguém mais fala em namoradinhas do Brasil: somos atrizes, estrelas, profissionais. Adolescentes não são mais brotinhos: são garotas da geração teen. Ser chamada de patricinha é ofensa moral. Pitchulinha é coisa de retardada. Quem gosta de diminutivos, definha.

Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa. Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo.

Ph neutro. Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções, é o pior dos desaforos.

Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas, apressadas, é isso que somos hoje. Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos.

As inhas não moram mais aqui. Foram pro espaço, sozinhas.

Martha Medeiros




*** A superação de si mesmo

Em se tratando da sua evolução conscencial, o maior desafio do ser humano é o da superação de si mesmo, já que é no interior de cada um que encontramos individualizados os maiores obstáculos ao cumprimento desta árdua jornada.
É nesse solo interior que se encontram, por exemplo, a ignorância, o orgulho e o egoísmo, elementos propulsores de suas maiores deficiências, ou seja, dos seus vícios, propensões e desvios de caráter de toda ordem.
Enquanto segue distraído por atalhos ilusórios em busca de suas satisfações sensoriais e mundanas, você não percebe o quão distante fica da sua essência e daquilo que realmente o fará melhor. Muitas vezes o orgulho não lhe deixa espaço para reconhecer que necessita aprimorar seu aprendizado e dar mais atenção ao significado de tudo quanto tem lhe sido apresentado pela vida nas mais variadas formas de desafios. Nem mesmo o sofrimento o faz parar para analisar sua trajetória e redefinir caminhos.
A soberba, filha-irmã do orgulho, rege aquilo que o pobre de espírito chama de destino.
Mesmo que não admitamos há uma verdadeira batalha interior instalada em cada um de nós: de um lado o nosso ego que é composto de uma gama imponderável de impulsos, crenças, preconceitos, medos e desejos, muitos dos quais conflitantes entre si e que nos fazem consumir grande quantidade de energia; do outro lado nosso eu que, quando consciente, nos chama atenção para qualificar valores e princípios, apontando para ações benéficas e construtivas. Portanto, se formos suficientemente capazes de pelo menos diluirmos a influência do ego sobre nossas ações, controlando-o através da nossa racionalidade, é possível afirmar que estaremos superando muito dos nossos limites e propensos a atingir objetivos maiores, indo além da média que para muitos é entendida como satisfatória, mas, que na verdade é o anteparo da mediocridade.

Superar a si mesmo, entre outros aspectos, demanda saber gerenciar racionalmente a labuta existencial em todos os seus meandros e percalços, utilizando de maneira primorosa a inteligência e todos os mecanismos mentais à sua disposição. Provavelmente, ainda há muito a ser aprendido sobre a vida, sobre este desafio da superação humana, mas, você deve avançar perseverante porque, além das complexidades, muito se tem conseguido com discernimento e simplicidade.

Para ilustrar tal afirmação, é bom saber que em certos momentos uma simples mudança de perspectiva pode fazer uma grande diferença. Acredite: se não há como mudar o caminho, mude pelo menos o seu modo de caminhar.

Boa Reflexão e viva consciente.


Palestras e Cursos Motivacionais, Atendimento Terapêutico.
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*** Limites de cada um

Recompensa com uma fonte inesgotável quem te presenteou com uma gota de água.
(Provérbio Chinês)

Como professor há vários anos posso afirmar com propriedade que cada “cabeça um chapéu”, tal como cada pessoa uma forma de entendimento. Quantos de nós, já não foi vítima de um mal entendido em que falamos “A” e é entendido “Z”.

Uma coisa é certa e ao longo dos tempos entendemos que cada um dá aquilo que tem. Supostamente é impossível alguém oferecer algo que não possui. Demorei algum tempo para aprender a lidar com situações da vida e suas interpretações.

Pessoas controladoras tendem a confundir sucesso pessoal com sucesso na dominação dos outros. Perdem o sentido de conjunto e aí deixam de contar com colaboradores motivados. Prepotentes, não aceitam que tal prejuízo exista de fato.

O controlador não passa de uma pessoa que tem medo das próprias emoções. Ou seja: ele controla o comportamento alheio para que nada venha a mexer com suas próprias emoções.

E ai pergunto: Qual é o seu limite? Até onde você consegue ir? Será que o céu é o limite?

Talvez o limite seja apenas relativo. A sociedade tem limites, são regras que possibilitam a convivência, e precisam ser obedecidas. Se eu passo por cima dos limites do meu próximo, estou lhe dando o direito de passar por cima dos meus.

Vivemos no limite da nossa tolerância, nos limitando a concordar com nossos chefes e outros que se colocam superiores. Vivemos no limite da exaustão por nos limitarmos a ter apenas um dia de folga na semana, ou às vezes nem isso temos. Vivemos no limite da angústia por estarmos limitados à futilidade global.

Nos limitamos a vestir o que temos e ser o que somos porque o limite do nosso cartão de crédito não pode comprar nossa felicidade. Uma observação quanto a esse ponto: uma pessoa fútil pode não ter limites, a ironia é que essa pessoa é limitada.

Não ter limites não significa ser livre. A liberdade só vem e perdura para aqueles que sabem respeitar seus limites. Sem eles seria impossível sobreviver à liberdade, pois ela exige muita responsabilidade e disciplina.

Não devemos nos limitar aos nossos limites, sempre temos que procurar superá-los, enxergar o que não vemos, sentir o que não sentimos. Ampliar nossos horizontes e, dessa forma, ir matando aos poucos as limitações dos nossos pensamentos.

Até que ponto você está limitado?

Estamos todos num mesmo barco, em mar tempestuoso, e devemos uns aos outros uma terrível lealdade. (G.K.Chesterton)

www.bugei.com.br/ensaios/index.asp?show=ensaio&id=451




*** Responsabilidade de cada um

Nada que nos acontece veio sem uma longa preparação. De repente, está na nossa vida, de surpresa! Tudo é resposta a ações nossas passadas, muitas das quais já esquecemos; a pensamentos nossos, que nem sequer registramos com atenção, a desejos e sonhos um dia formulados. Hoje isto me chegou e me pareceu tão fácil, tão casual. Mas não foi bem assim. Se está aqui comigo, eu o atraí para a minha vida. Quando? Não sei – mas não importa.

Importante é que eu esteja bem consciente da responsabilidade que tenho pelo que me acontece. Não são os outros que mudam a minha vida, sou eu quem permito que façam isso. Tenho o leme do meu barco e nem sempre quero acreditar que sou o autor dos meus erros e desacertos - mas sou.

O que penso no silêncio da minha alma, o que desejo com o meu coração, estas coisas me chegarão. Faço as encomendas e as recebo algum dia, quando talvez nem me recorde mais que as pedi. Mas são de minha responsabilidade. Esta é toda a verdade!

Pensar e cultivar na mente o que não quero que um dia me aconteça, é fazer planos errados que um dia se concretizarão.

O que fui ontem? Muitos gostariam de saber. Todas essas experiências vividas estão guardadas no inconsciente – reservatório de nosas vivências passadas. Sou hoje o que no passado construí com a minha forma de agir. Minhas tendências, meus talentos, são conquistas de outrora, frutos de trabalho e esforço. Meus relacionamentos? Muitos são amigos que já fiz e que hoje me ajudam a prosseguir, outros são desafetos que me buscam o convívio para que nos reajustemos e nos perdoemos.

Enfim, somos responsáveis pelo que fomos ou viremos a ser. Com esta consciência, mudamos de atitude diante da vida que nos cabe no momento e passamos a estar atentos a quaisquer acontecimentos!

Cristina





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